sexta-feira, 29 de junho de 2007

Meu lado não poético

Tenho lido muitos blogs, de diferentes pessoas e todas elas desconhecidas. O mundo da internet tem muitos mistérios para mim ainda, seja pela falta de tempo ou por falta de um interesse maior mesmo. Entretanto, nesses últimos 3 meses reparei que muitos possuem um dom de escrever de forma poética, alguns textos me fazem até imaginar o cenário onde o fato “ocorre”. Porém, eu, particularmente não possuo esse lado poético, acho que nunca escrevi um poema sequer até hoje. Já senti vontade de tentar, mas quando olho para meu interior penso que não sou capaz de escrever nada com qualidade.
Eu sou muito prática, apesar de muitas pessoas me intitularem do contrário. Para mim, escrever é uma forma de retratar a realidade, seja de fatos ou sentimentos. Possuo claro um lado romântico, como a maioria das mulheres, mas o exagero me incomoda.
No fundo reconheço que os anos me transformaram, um pouco para melhor, um pouco para pior, porém fazendo um balanço geral tenho me encarado com mais respeito, com mais admiração. A idade, a maturidade traz isso, um reconhecimento frio de si mesmo.
Mas não pensem que isso é ruim, ao contrário, a capacidade da autocrítica é muito valiosa, por isso confesso que muitos dos meus textos estão “guardadinhos” porque não os considerei dignos de serem postados.
Outra coisa que julgo importante é a capacidade de você se moldar, reconhecer suas falhas, seus pecados e tentar na medida do possível se policiar e não mais errar. Ninguém muda por completo, mas podemos sim evitar atitudes não tão bem aceitas pelos demais e não se pode negar que quando o ser humano quer realmente ele enxerga melhor seus defeitos e qualidades que qualquer outra pessoa, basta olhar para si mesmo com sinceridade e verdade. Se o que vir for bom ou ruim não importa contanto que esteja disposto a se aperfeiçoar e melhorar.

sexta-feira, 22 de junho de 2007

Redescoberta


Em filmes, novelas ou livros a vida dos amantes é mostrada como algo emocionante, excitante... A relação extraconjugal toma lugar de destaque e nós expectadores ou leitores tendemos a encontrar mil e uma razões para explicar tal atitude.

Entendo que às vezes a relação passa por momentos difíceis onde ambos se questionam se vale mesmo à pena continuar e alguns acabam por traírem procurando essa emoção, essa diferença, essa excitação...
Mas eu ainda acho que muito mais interessante e sábio é aquele que espera o furacão passar, que não toma atitudes precipitadas, que pondera e reavalia seus sentimentos e acaba por descobrir que mesmo em meios a tantas crises, discussões e diferenças o amor ainda existe...
A redescoberta da paixão dentro da própria relação pode não dar audiência, mas para quem vive ou viveu essa experiência sabe que há muita beleza e emoção nela.

Não creio que exista algo melhor do que você acordar no meio da noite e constatar que a pessoa que convive com você há anos, que dividiu problemas e conquistas, mesmo sendo imperfeita te faz feliz; que o tempo, as brigas e os defeitos em nada mudaram o que você sentia por ela; que aquela paixão continua igual aos primeiros encontros e que você não seria mais feliz se as coisas fossem diferentes.

Diante dessa descoberta você sorri e agradece, agradece a si mesmo por ter tido sabedoria para superar algumas crises, pois no fundo sempre soube que a felicidade estava ali, como sempre esteve e estará – do seu lado.

terça-feira, 19 de junho de 2007

Belezas sem conteúdo...

Como todas as mulheres sabem, mas poucas admitem, a beleza estonteante de algumas mulheres nos irrita, principalmente quando essas cruzam nosso caminho, deixando no ar uma certa insegurança, porque está para nascer, e se nasceu faço questão de conhecer, mulher que não sinta uma ponta de ciúmes, não tema um pouco sequer perder seu noivo, namorado, paquera ou marido para as “beldades vulgares”.
Enfim, a velha frase: “eu sou mais eu”, perde efeito quando seus olhos fulminantes te entregam.
Mas o bom nisso tudo é quando outro ditado, nem tão verdadeiro já que eu mesma conheço exceções, faz jus àquela mocinha bonita: “beleza demais, inteligência de menos”.
Quando você ouve alguém dizer que não é muito “chegada” a leitura, logo presumimos que ela é de fato meio burra. Não, serei mais delicada, a moçoila é, digamos, desinteressada intelectualmente.
Há alguns anos confesso ter o maior preconceito diante das loiras do Tchan ou de qualquer outra banda baiana que explorava as bundas e seios de suas dançarinas, porque para mim, ser dançarina não é vergonha, mas deixar-se ser explorada daquele jeito, nunca abrir a boca numa reportagem e quando abrir só falar besteiras e rir era demais para minha cabeça.
Eu era mais fã da Marília Gabriela, que de bela pode não ter nada, mas tem charme, e cérebro, muito cérebro.
Bem, eu não pretendia comentar, mas como hoje estou muito venenosa me darei esse direito. Quando uma atriz, já famosa, linda, posa para uma revista masculina ou site sensual eu confesso que admiro, não critico, porque ali há uma exposição do corpo, mas de um corpo que a gente já conhece o conteúdo, agora, quando mocinhas, mera desconhecidas fazem o mesmo eu me pego a questionar onde ela pretende chegar??? Se há algo nela além da beleza a apresentar?
Enfim, confesso que sinto certa vergonha de ter perdido meu tempo pensando e escrevendo sobre esses tipos de mulheres, por isso passarei a relembrar de alguns nomes, conhecidas minhas ou não, mas que possuem capacidades, inteligência, charme e beleza, sim porque nem toda mulher bonita é desprovida de inteligência como as que me inspiraram no início deste texto.

segunda-feira, 18 de junho de 2007

Dirigir - prazer sem hora marcada


Dirigir é uma das coisas que mais me dá prazer. Mas gosto de dirigir só, sem ninguém comigo, pois gosto de curtir uma boa música, reparar na paisagem e voar em meus pensamentos, em minhas lembranças...
Quando morava em Recife adorava ir para o trabalho passando pelo recife antigo e admirar aqueles prédios históricos, passar pelo rio Capibaribe e visualizar lá longe o mar, Boa Viagem...Dirigir em Recife era como voltar no tempo, respirar cultura, visualizar belezas antes nunca vistas por mim. Fazer o caminho de volta, já de noite, era outra experiência maravilhosa, pois a luzes davam mais magia a paisagem.
Já em Blumenau dirijo com ar de curiosidade, pois ainda não a conheço muito bem, porém Blumenau também tem seus encantos, sua arquitetura germânica me dá a impressão de estar vivendo numa cidade feita para bonecas.
Só sinto não ter muito tempo para dirigir calmamente, sem pressa para chegar, pois quando me entrego ao prazer de guiar tranquilamente pelas ruas, esteja eu onde estiver, sinto uma sensação de liberdade, uma euforia, como se fosse uma menina a se redescobrir...
Prazeres assim são simples, fáceis de obter, só temos que de vez em quando esquecer a existência do relógio e curtir por um pouco que seja as sensações boas que atitudes tão corriqueiras podem nos trazer.

sexta-feira, 15 de junho de 2007

Cabecinhas complicadas


Vivem dizendo que cabeça de mulher não há santo que entenda, mas quem disse que a do homem é tão menos complicada assim?
Eles quando se fecham no meu mundinho também não há criatura que os faça falar.
Os diálogos viram monólogos, ou na melhor das hipóteses você consegue ter um diálogo monossílabo, com respostas tipo: sim, não, aham, nada e por aí vai.
Fazer um homem falar o que o está incomodando é pra lá de difícil, o dia pode ter sido ruim no trabalho, no trânsito, na faculdade, sabe-se lá, mas nós mulheres tendemos a achar que o problema está em nós, claro.
Daí começam as perguntinhas chatas, que tanto irritam o homem e tanto cansam as mulheres; no fundo elas sabem que perguntar pode ser pior, mas a curiosidade é maior e já ouviram falar que a dúvida acaba com o sono de uma pessoa? Pois é, ao não saber o real motivo do voto de silêncio elas perdem o sono, ficam matutando, tentando lembrar os dias anteriores para ver se descobrem qual foi a frase infeliz que ela disse que o deixou assim. Enfim descobrem um fato, mas não crê que seja aquilo, afinal a mulher é quem tem fama de ser infantil, de fazer pirraça por nada, então não acreditam que pode ser por aquela bobagem...
Enfim, nada se discute, nada se descobre. Enquanto a poeira não baixar melhor ficarem caladas, deixá-los sossegados assistindo aos infinitos módulos de esporte que passa na TV e curtirem sua revista, seu filme, suas neuras!

terça-feira, 12 de junho de 2007

Em busca da felicidade

Todo mundo já ouviu o ditado que diz: “fulano não sabe se casa ou se compra uma bicicleta”, pois eu digo que na dúvida fique com a segunda opção.
Casamento nem sempre é sinônimo de felicidade como muitos pensam por aí, a felicidade é algo muito complexo, talvez até inexistente, mas o que quero dizer é que algumas decisões devem ser tomadas com muita cautela, e casamento é uma delas.
Pense como se você fosse comprar um apartamento, por exemplo, o que você não abriria mão de que houvesse nele? 3 quartos, suíte, sacada com churrasqueira, área de lazer com piscina? Enfim, dou o exemplo do apartamento porque ele, diferentemente de uma casa, não permite grandes alterações depois de comprado.
Assim é o ser humano, homem ou mulher, ao escolher seu parceiro estude bem a proposta porque dificilmente conseguirá grandes mudanças depois.
Não que não acredite que as pessoas mudem, mas sou realista e reconheço que todos possuem uma “essência”, que não muda por completo nunca e nem deveria também.
Há coisas que te encantam no outro e outras nem tanto, por isso a sabedoria de pesar esses prós e contras antes da tal decisão é que fará a grande diferença no decorrer da relação.
Agora um conselho: se lhe restam muitas dúvidas quanto a isso, ouça seu coração, na verdade não é ele quem lhe sopra algumas realidades e sim o seu bom senso, a sua experiência... Pensar que somos felizes hoje, mas não creio que serei completa com ele amanhã, é um bom sinal para dar uma marcha ré, fazer uma curva bem grande e seguir outro caminho. Pense nisso.

segunda-feira, 11 de junho de 2007

Um parêntese...

No meu post anterior posso ter passado a idéia de que networking só é feito entre pessoas da mesma empresa ou da mesma área que seja, nada disso, podemos trocar experiências em diversas situações, com diferentes pessoas, de áreas distintas, sem dúvida alguma, mas é que quando escrevi pensava em duas ocasiões específicas...

sexta-feira, 8 de junho de 2007

Networking?

Há algum tempo tenho analisado melhor o significado dessa palavra, e mesmo lendo sobre ela e vendo exemplos de seu uso apenas por grandes executivos, cheguei a conclusão de que qualquer funcionário pode fazer networking, não precisa ser necessariamente um diretor, presidente ou gerente.
Porém há uma clara dificuldade por parte dos funcionários que não são do alto escalão pelo simples fato de não terem oportunidades, quase nenhuma posso dizer, de conviver, de encontrar seus altos superiores fora do ambiente de trabalho.
Mas quando isso acontece é importante saber tirar proveito dessa situação, e tomar muito, muito cuidado para não se tornar aquele cara chato que mesmo fora da empresa só se fala nela. Tem hora certa para isso e você deve ser breve, afinal a intenção não é fazer daquele evento uma reunião.
Quando o assunto parte do próprio superior, vantagem para você, mas ainda assim atenção.
Em algumas oportunidades presenciei pessoas que por terem mais vivência, certa intimidade com alguns diretores acabam por monopolizar a atenção dessa pessoa por praticamente o evento todo, o que chega a irritar demais participantes.
Pois bem, se você não ocupa nenhum cargo de destaque, mas tem algo a acrescentar faça proveito das oportunidades que aparecerem, agora se não houver assunto que possa interessar a seu superior faça como a maioria, sente-se, observe, seja discreto e ouça, às o poder da audição traz mais benefícios que o da fala. Pense nisso.

quarta-feira, 6 de junho de 2007

Boa Surpresa

Há coisas que acontecem em nossas vidas que acredito ser com o único propósito de nos fazer pensar melhor a nosso próprio respeito, a nos valorizarmos mais.
Quando algo assim acontece nos sentimos revitalizados, mais donos de nós mesmos, mais confiantes...
Um exemplo disso está no toque do telefone e do outro lado da linha é uma pessoa de uma agência de empregos que há muito tempo você se cadastrou através do site, mas não se trata de uma simples agência e sim de uma com um perfil, digamos, mais apurado, mais sofisticado. E eis que te oferecem uma vaga para um cargo que até então você nunca se imaginou exercendo, mas disseram que você está dentro do perfil procurado pela empresa, pois bem, você recusa de imediato, afinal está bem empregada, mas volta atrás e resolve saber melhor do que se trata e por curiosidade saber quanto seu “passe” está valendo.
Eis a surpresa, o salário é mesmo muito, muito tentador... Você fica de pensar, pois descobriu lá que existe um ponto que não se enquadra a você, a seu perfil profissional e arriscar uma mudança assim talvez não seria bom negócio.
Por fim resolve mesmo se manter no emprego atual e agradece a oportunidade, mas sente-se muito, muito melhor depois disto tudo.
Quem sabe se fosse em outra ocasião tivesse aceitado e descoberto mais outro talento, da mesma forma como aconteceu há algum tempo atrás; se há algo que admiro no ser humano é a capacidade de se adaptar, de se redescobrir, de aprender novas coisas, novas funções... Sabemos que nem todos têm essa capacidade, essa vontade, mas para esses só nos resta lamentar, afinal a cada dia que passa precisamos ser mais versáteis do que nunca.