segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Retrospectiva???


Último dia do ano e ela sequer havia pensado em parar para pensar e rever tudo o que lhe aconteceu neste 2007, entretanto sentiu necessidade de fazê-lo, porém temeu relembrar muitas coisas, reviver sentimentos, alguns ainda tão presentes em seu coração.
Resolveu seguir o calendário como se isso fosse uma regra, mas logo percebeu que sua memória talvez pudesse pregar-lhe peças e confundi-la, então achou melhor não estabelecer regra alguma.
Lembrou de suas noites de sábado, dia reservado a um encontro com ela mesma, das tardes na praia com a família, momentos raros, porém especiais, recordou dos encontros com o casal de amigos mineiros, talvez a única amizade sincera que fizera naquela cidade.
Sofreu ao memorizar as tantas incertezas que a vida lhe trouxe ao se depararem com o fechamento da empresa, sentiu raiva e rancor de todas as pessoas que lhe viraram as costas e sentiu o mesmo daqueles que sequer os procuraram para dizer o que pensavam ou desejar boa sorte!
Era justamente desses sentimentos ruins que ela habitualmente fugia, sem muito sucesso admitia.
Resolveu mudar de ares e voltou a pensar em quanta coisa boa a vida lhe trouxe mesmo nas adversidades, como a relação mais forte e sincera com o esposo, na volta para perto da família, a felicidade em poder estar perto de todos que a amam.
Passou a lembrar do sorriso e da alegria do filho, da felicidade em poder estar mais próxima e ligada a ele, relação que a cada dia fica mais estreita.
Por um momento pensou no insucesso de seus regimes, na dor de ter recuperado quilos que no início do ano havia eliminado, mas hoje só hoje não sentiria culpa nem revolta, afinal é último dia do ano e promessas para o ano novo não faltariam e nada melhor do que trocar o recomeço de tudo numa segunda-feira é deixar para o ano que vem não é mesmo??? Mas só no dia 2, que fique bem claro.

sábado, 29 de dezembro de 2007

Recife, Cidade Amada


Quem já nasceu em um lugar, mas ao residir em outro se sente mais em casa do que em outro?
Pois é, por mais que eu tenha nascido em Londrina e amo de paixão esta cidade, me sinto intimamente ligada a Recife...
Fui muito feliz nesta cidade, cresci muito e aprendi muito com ela, em todos os sentidos; fiz amigos maravilhosos lá, meu filho é, com muito orgulho, Recifense, Pernambucano, porém quando digo que sou grata a essa cidade, a esse estado me refiro mais à cultura, à culinária, aos ritmos musicais, enfim a tudo que aprendi a amar, admirar e a defender...
Sou pernambucana, sou recifense, sou rubro-negra de coração (Sport Clube do Recife), sou tudo o que me liga a essa imensa e maravilhosa cidade. Um dia a saudade da família me trouxe de volta, mas meu coração nunca esqueceu os tantos momentos felizes que vivi lá, e sou grata a todos àqueles que me acolheram, me introduziram em suas famílias fazendo com que eu me sentisse em casa mesmo que a 4.000km dela.
Obrigada Recife, devo a você os 5 anos mais felizes da minha vida, os anos que Deus me permitiu lembrar, uma vez que àqueles primeiros de nossas vidas (1, 2,3) a memória apaga por mais marcante que seja...
“Voltei Recife, foi a saudade que me trouxe pelo braço ........, tomar umas e outras e cair no passo”

Indecisões


Tem coisa pior do que ver alguém indeciso, que quer uma coisa, mas não tem certeza disso e por isso fica mudando de opinião a todo instante?
Presenciar algo semelhante é pra lá de irritante, mas admitir ser muitas vezes assim é pra lá de sinistro. Não é a toa que recebe tantas críticas por seu modo de ser, coisa que a tem tirado do sério, porém está aí mais uma coisa a ser mudada, melhorada... Olha que esse lance de indecisão pode ser mesmo chato, entretanto pior está sendo para ela ter que analisar cada atitude que toma, depois de tomada, diga-se de passagem, para rever conceitos e decidir se muda mais esse seu jeito de ser ou se mantém igual; só sente medo de mudar tanto a ponto dela própria não se reconhecer! Mas pior mesmo é mudar e nunca ser reconhecida por isso!

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Que graça teria?

Toda vez que olha para o céu tenta enxergar o futuro, quais as surpresas boas e ruins que a esperam; algo natural mesmo para ela, afinal quem nunca desejou ter o dom de saber o que está por vir não é mesmo?
Pena não ver nada além da imensidão, mas porque se preocupar agora? Não sabe ela que o bom da vida é não saber o amanhã? Que graça teria nascer e já saber em que se formaria, saber quem seria o homem de sua vida e com qual idade o encontraria... Engravidar e já saber como seria o rostinho de seu filho e perder todo aquele encanto da primeira troca de olhar...
Ah, gostaria de saber se será feliz? Quão ingênua ainda é, não sabes que a felicidade é feita de detalhes, de momentos e não de uma vida inteira? Não aprendeu ainda que na verdade é você quem faz a felicidade?
Ah, aprendeu sim, não foi? Não tudo, por completo, mas aos poucos se depara consigo mesma lutando para que bobagens, imprevistos não a tirem do sério, não a deixem de mau-humor... boa menina, é assim que se começa e bom saber que tem consciência de que dificilmente alcançará a perfeição, afinal que graça teria nisso também não é?
Mude sim, transforme-se no acredita ser o melhor, só não deixe nunca que a façam perder sua espontaneidade, mesmo que para uns isso seja um defeito, pois muitos vêm nessa sua atitude sua marca, sua veracidade, sua simplicidade, sua sinceridade...

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Medos

O calor daquele dia era diferente, o suor provocado por ele a fazia sentir necessidade de se purificar, sentia-se estranha, pesada, como se algo de ruim a assombrasse.
O medo a perseguia, medo do desconhecido, medo de mentes maldosas por muitas vezes desinteressadas, porém carregadas de desejos ruins.
Não tinha inimigos, não declarados e talvez por isso se sentisse tão desprotegida.
As notícias dos jornais a assustavam, o mundo estava cada vez mais transformado, mais violento, mais desumano.
Refletiu por um pequeno espaço de tempo e viu que também não havia sido caridosa como deveria, entretanto não havia plantado o mau, apesar de ter desejado algumas vezes isso, mas num instinto de defesa, isso era certo.
Sua espiritualidade não foi abalada por mais que tenha sido prejudicada, mal tratada; mantinha sua esperança e fé, acreditava que algo maior e mais forte a compensaria no final.
Resolveu então banhar-se e purificar-se, a crença de que o mau não a atingiria faria com que ela se fortalecesse. Pensou em perdão, em resgatar o amor e compaixão que seu coração sempre guardou, mas ela não era mais tão ingênua, por isso estaria sempre alerta, atenta, pesaria mais suas palavras antes de dizê-las para não provocar a ira de terceiros. Sabe, entretanto, que na sua espontaneidade e sinceridade nem sempre conseguiria e com isso se veria em maus lençóis por conta de uma simples brincadeira e que seria repreendida mais tarde, mas ainda assim tentaria, afinal tem consciência do quanto é sábio aquele que mais ouve do que fala e ela almeja alcançar tamanha sabedoria.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Menina Grande

No seu íntimo ela temia tantas mudanças, tantos desencontros, tantas incertezas, mas a vida havia lhe ensinado que não acreditar em dias melhores traz com mais rapidez desilusões, por isso por mais que os maus pensamentos lhe vinham à cabeça ela os apagava e os substituía por outros bons.
Sentia-se de novo uma menina, porém mais madura claro, via hoje com mais clareza todos os riscos que a vida traz, mas assume as rédeas e traça seu próprio caminho.
A única coisa que ainda a incomoda é o fato de ser tão dependente emocionalmente, queria ser mais livre, não temer tanto o abandono. Tem consciência de que passa por crises, muitas delas existenciais, de auto-estima, mas mesmo sabendo que esses sentimentos são passageiros se sente menos, menor, fraca e não é essa pessoa que realmente é e gostaria de ser.
Os anos passam e todo mundo muda, se refaz, se fortalece e com ela não é diferente.
Olha para o futuro e se vê feliz, realizada, mas sabe que grandes obstáculos virão, porém quando olha para o lado se fortalece, se enche de coragem e segue em frente, é essa coragem que há tempos a acompanha fazendo com que ela encare lugares e pessoas hostis.
Bom seria se essa menina grande nunca se esquecesse do quanto ela pode ser forte e corajosa, assim nunca nada a faria temer.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Com saúde não se brinca

Passado o susto me sinto mais confortável em escrever a pior noite da minha vida. Depois de um dia inteiro medicando meu filho e constatando que a febre ia e voltava pensei em levá-lo ao médico e decidi isso de vez quando ele teve vômito pela primeira vez. Antes que eu chegasse ao hospital isso se repetiu e já depois da consulta também. Colocaram-no soro e me disseram que havia suspeita de meningite. Assustei, mas não antes dele se consultar com um neuro. Esse por sua vez não estava de plantão e foi difícil localizá-lo, mas por fim apareceu e resolveu confirmar as suspeitas através daquele teste horrível de retirada do líquido da medula. Nunca havia me passado pela cabeça passar por aquilo com meu filho, mas fui forte e o ajudei a ser forte também. Por fim, tivemos que aguardar 3 horas pelo resultado e ele lá, tomando medicação na veia, depois de três agulhadas, incrível, as enfermeiras são ótimas, mas nunca conseguem achar de primeira, e isso numa criança de três anos é mais que um pecado.
Pois bem, às 2h eu já exausta de sono a pediatra de plantão confirma a doença e começam a medicá-lo, me confortam dizendo que era do tipo viral e bem fraquinha.
Até aí tudo bem, continuava minhas orações e aguardava a chegada do meu marido que vinha de Blumenau assim que soube da desconfiança.
Porém eu jamais imaginava que às 12h30 o neuro passasse pelo hospital para ver como ele estava viesse com a notícia de que a pediatra havia falhado, meu filho não tinha meningite, houve a suspeita, mas não se confirmou, ela leu o resultado errado.
Na hora foi só alívio o que senti, íamos embora e eu iria poder atender ao pedido do meu pequeno em tirá-lo dali; porém, depois, pensei a quantas andam o atendimento médico, a quantas andam a qualidade dos nossos médicos!
Saí de lá sem nem saber o que meu filho teve, na certa diriam que foi uma virose, enfim, não importa mais. Vê-lo correndo e cheio de vontades faz de mim a mãe mais realizada. O susto foi grande, porém serviu para eu continuar a tratar as febres do meu filho com seriedade, pago plano de saúde e não me importo com cara feia de ninguém, muito menos de médico que te olha com cara de "essas mães exageradas", vou à procura de ajuda especializada sim, antes errar pelo excesso do que pela falta e com a saúde do meu filho eu não brinco nunca e ponto.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Não há como agradar...

Por mais que você se esforce, não há como agradar a todos. Você pode ser o mais simpático, o mais amável, prestativo, compreensivo, enfim, sempre haverá aquele que sempre verá seus defeitos e o pior, tentará expor a todos esses defeitos tentando apagar todas as suas qualidades.
Que a perfeição não existe todos sabemos, porém ouvir que pouca ou quase nenhuma qualidade sua é levada em consideração, no mínimo revolta!
Mas para um ser compreensível e da paz isso passa despercebido, entretanto se não é o caso isso pode gerar discussões violentas.
Eu aconselho a ignorar e continuar a fazer o papel de paisagem e surda, fingir mesmo que não ouviu ou não entendeu o insulto, e quando souber através de terceiros o quanto sua imagem é degradada continuar ignorando, mas preste atenção; isso só é válido quando se trata de entes da família, onde devemos realmente preservar a boa convivência, em outros casos a resposta à altura deve ser quase que imediata, pois o ser humano hoje que é muito compreensível é tido como idiota e somente em casos extremos devemos nos passar por isso!