quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Menina Grande

No seu íntimo ela temia tantas mudanças, tantos desencontros, tantas incertezas, mas a vida havia lhe ensinado que não acreditar em dias melhores traz com mais rapidez desilusões, por isso por mais que os maus pensamentos lhe vinham à cabeça ela os apagava e os substituía por outros bons.
Sentia-se de novo uma menina, porém mais madura claro, via hoje com mais clareza todos os riscos que a vida traz, mas assume as rédeas e traça seu próprio caminho.
A única coisa que ainda a incomoda é o fato de ser tão dependente emocionalmente, queria ser mais livre, não temer tanto o abandono. Tem consciência de que passa por crises, muitas delas existenciais, de auto-estima, mas mesmo sabendo que esses sentimentos são passageiros se sente menos, menor, fraca e não é essa pessoa que realmente é e gostaria de ser.
Os anos passam e todo mundo muda, se refaz, se fortalece e com ela não é diferente.
Olha para o futuro e se vê feliz, realizada, mas sabe que grandes obstáculos virão, porém quando olha para o lado se fortalece, se enche de coragem e segue em frente, é essa coragem que há tempos a acompanha fazendo com que ela encare lugares e pessoas hostis.
Bom seria se essa menina grande nunca se esquecesse do quanto ela pode ser forte e corajosa, assim nunca nada a faria temer.

Um comentário:

Paulo disse...

Ah! Vale mencionar que a menina grande está achando seu próprio estilo de escrita. Além do bom conteúdo, gostei muito da forma como escreveu o post!