domingo, 9 de março de 2008

Calada

Seu olho ardeu e umedeceu, sua garganta secou e as palavras falharam, se esconderam dentro dela como se dizê-las pudesse piorar ainda mais as coisas.
Ficou quieta, deixando apenas que os pensamentos fizessem a função de dizer e ouvir ao mesmo tempo. Estava confusa, se achava ingrata, maluca, mal humorada.
Tentou por minutos controlar seus sentimentos até que as lágrimas desceram, foram mais forte, mas ainda assim ela mantinha-se calada, inerte, controlando um sentimento feio, triste, amargurado, revoltado...
Chorou e conversou consigo mesma, mas nenhuma palavra era ouvida, somente sua mente trabalhava. Viu que existem momentos em que isso basta, continuamente tem amadurecido, aprendido a guardar mais para si tantas idéias, tantas tristezas, tantos problemas. O mundo não se importa com ela e as palavras de conforto nem sempre serão sinceras.
Perdeu a confiança no mundo e em si mesma, não tem sido mais tão forte, sábia, mas o que importa?
Quando se enche de si mesma e de todos, se fecha e quando é chegada a hora adormece, deixando para trás o dia insuportável...

Um comentário:

Eliane Ribeiro disse...

Peraí, essa sou eu?? rsrsrs

Bjão