domingo, 24 de fevereiro de 2008

Solidão


Sentiu-se só naquela noite, a solidão não lhe parecia mais a melhor companhia. Pensou em tomar algumas taças de vinho e se encher de coragem, brindar sozinha a todas suas conquistas, mas algo a incomodava, não sabia ao certo que sentimento era aquele.
Serviu-se um chá e sentou em sua poltrona a fim de refletir, de se encontrar.
Os amigos existiam, o amor lhe era grato, entretanto havia ainda um vácuo, um vazio... Sua vontade era de gritar, de chorar e o silêncio daquela noite era estarrecedor.
Resolveu então ficar ali, inerte, tentado não pensar em nada por mais que isso fosse difícil. Em sua mente milhares de coisas, porém não se prendia a nenhuma lembrança.
Sabia que o amanhã seria diferente, bastavam alguns telefonemas, encontros, mas sabia também que o encontro consigo mesma todas as noites era inevitável. Foi então que adormeceu e ao acordar viu que o mesmo silêncio imperava, entretanto outra mulher sentava ali, alguém mais forte e confiante. Percebeu que tais encontros eram válidos e necessários, que não devemos temer a solidão e que a tristeza é algo normal, basta não permitirmos que ela nos controle inteiramente.

2 comentários:

Paulo disse...

Gostei do texto!

Pessoalmente, se não fico sozinho de tempos em tempos, perco meu ponto de equilíbrio. Essa solidão me é fundamental.

Bjos!

Eliane Ribeiro disse...

Edyane Amei este texto!! Eu sou Eliane de São Paulo.
Bj