quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Queridos Amigos

Houve um tempo onde as pessoas quando se aproximavam de outras faziam disso laços resistentes, onde nem o tempo ou a distância fossem capazes de desfazer.
Nessa época, cerca de 30 ou 40 anos atrás, as amizades eram mais verdadeiras, mais duradouras, menos frágeis, onde um pequeno mal entendido não destruía o respeito e a admiração existente.
Amizade era palavra levada a sério, as pessoas eram verdadeiramente companheiras, confidentes; os anos passavam, cada um podia até tomar um rumo diferente do outro, mas havia ainda os encontros, os jantares, os telefonemas, as cartas...
Hoje mesmo com tamanha tecnologia as pessoas não conseguem manter proximidade semelhante, o egoísmo impera, o trabalho consome e não resta tempo para lembrar e muito menos se preocupar com aquela pessoa que um dia você julgou tão especial.
Hoje, quando o telefone toca em hora imprópria as pessoas enrugam a testa, muitas vezes os e-mails não são respondidos e as chamadas no MSN ignoradas...
As pessoas se sentem melhor sozinhas, mas quando um problema as afligem até recordam de alguns nomes, entretanto falta coragem para manter contato e pedir um ombro amigo.
São poucos os que te consideram e que você pode retribuir tal sentimento, o amigo sincero está escasso porque o mundo se transformou em uma velocidade incrível e o ser humano se deixou levar pela frieza das máquinas esquecendo que dentro de si corre sangue quente e que melhor que um agasalho no inverno é um abraço amigo e sincero num momento de dor e sofrimento.

Um comentário:

Paulo disse...

Sabe o que eu percebi? No meu caso, a tecnologia me colocou em contato com muita gente, o que fez com que eu reavaliasse meu conceito sobre amizade. Hoje eu tenho duas pessoas de extrema confiança, e centenas de outras com as quais me relaciono, mas que não chega a ser uma amizade profunda. No geral, acho que prefiro assim.